quarta-feira, 15 de junho de 2011

A mão de obra desvalorizada e o asfalto.

Os professores estão em greve. Ou pelo menos tentando fazer com que ela aconteça. A greve é difícil e só funciona se todos aderirem, mas a iniciativa é válida. Claro que essa não é a opinião de todo mundo. Há pessoas por aí que acham que a "greve não leva a lugar nenhum".
Mas leva sim.
Repare bem na questão:
                                     trabalhar todos os dias em salas de aula que não oferecem, muitas vezes, condições para que possam executar seu trabalho e para que os alunos possam estudar convenientemente; o material didático é uma questão mais profunda ainda, mas que interfere na qualidade do serviço prestado; a indisciplina dos alunos deve ser analisada a parte, ela é fruto e não semente; correção de trabalhos e preparo de aulas feito fora do horário de trabalho; desrespeito da classe trabalhadora, tudo isso recebendo R$369 por mês.
A greve vem para alertar sobre essas questões.
O que os professores pedem é que se pague o piso nacional de R$1.187,97 para uma carga horária de 24 horas semanais, além de 20% da gratificação "pó de giz".
Parece justo?
Tem gente que não acha.
Talvez seja realmente mais justo investir QUATRO MILHÕES DE REAIS na reforma de uma avenida que ao que parece não necessita de nenhum reparo. Ciclovia? Heim? Mas talvez isso seja apenas boato. Deus permita que sim.
E as ruas esburacadas? Sim, algumas estão sendo reparadas. A qualidade do serviço lembra a de certos pintores abstratos russos. Não que eles não tivessem qualidades, por favor, não interprete dessa maneira, mas é que muitas vezes perante as obras municipais e as russas, nós espectadores ficamos apenas sem entender.
Enfim, é isso aí gente.

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